sábado, 22 de outubro de 2011

dor

Qual é a dor que imagina existir quando olha para alguém que pensa conhecer?
Ou você nem imagina dor alguma? Foi o que pensei
Você não quer sentir dor, nem eu, mas a dor é mais real que qualquer outro sentimento
Ela está aqui, eu sinto
Ela cresce e continua crescendo
Onde se pode chegar para evitar a dor?
Para onde correr para fugir dela? Não tem onde ir, tem sim
Mas você não quer ver, é parte da dor
O que lhe sobra agora pássaro machucado é sofre-la
O que se pode fazer? Eu costumo dizer...
Eu sei de algumas coisas, sobre isso, que você não sabe, eu acho
É complicado esse assunto
É complicado como a criação e a evolução
Mas as pessoas doloridas nem querem saber de nada quando a dor é maior que tudo
Só querem deixar de senti-la
Mas é complicado, é complicado... explicar
Acho que viverei assim para sempre
Faz parte de mim
Eu também não queria ouvir isso
Mas talvez para melhorar, é preciso saber que existe algo errado
Eu tento...
Mas...
Dor...

domingo, 2 de outubro de 2011

medo do amanhã (ou hoje)


Eu deitei e tentei dormir
Mas não deu
Sabe, o sono está ali
Te chamando para dormir
Mas é como... sei lá...
A cama não está confortável o suficiente, talvez
Falta algo, ou é algo em demasia
Muitos pensamentos
Não posso dizer agora, eu não lembro
São muitos pensamentos mas eu não vejo
Rápidos como moscas
Levam ideias longe que você vê no dia seguinte
Mas não é a mesma ideia, mas como você pode saber?
Talvez pensar no amanhã
Ou hoje já que são duas horas da madrugada
Eu acordo no mesmo dia
Medo do amanhã
Medo do que se pode sonhar
Não gosto de sonhar coisas ruins
Acordo com essas coisas na mente, quando me lembro
Eu assisto alguns filmes
Pode ser o calor
Uma garota
Algumas vezes eu fico acordado a noite toda
E quando os galos começam a cantar na próxima esquina
Eu durmo
É estranho, minha mente pára
Eu deito e durmo
Eu não lembro como é logo antes
Não gosto de remédios
Só estou falando
Desculpe
Esse "desculpe"
Eu digo isso as vezes

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

the body breaks

Gosto de tocar uma música, só em casa
Eu nem sei a letra Devendra
Fim de tarde de um fim de semana qualquer
Janelas abertas para poder olhar o céu

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

se você quiser ver os pássaros comigo

Ser livre como os pássaros
E voar até onde a gravidade lhe permite
Até onde o seu fôlego permite
Ser livre e planar sobre as mentes, pensativas
Não pensar demais, para não cansar
Só ser livre, ser feliz
Consegue ver? Olhe os pássaros
Eles voam felizes entre os caminhos do vento
Você me olha então e diz que muitos seres são infelizes
Desculpe mas eu não sei responder
-Isso não foi uma pergunta
Infelizmente muitos não conseguem
Não conseguem voar livremente e felizmente e esquecer os problemas
Eles fazem tanto peso que é impossível sair do contato com o solo por mais de alguns segundos
O jeito é sair
Eu venho aqui olhar os pássaros de vez em quando
Me inspirar
Procurar como ser feliz, como eles
Parece simples, talvez seja mesmo
Eu tento algo, sempre tento
Pode tentar também, a qualquer momento
Se você quiser ver os pássaros comigo

sexta-feira, 29 de julho de 2011

sorrir

Os problemas no mundo podem te incomodar
Te tiram o sono, o ânimo
Mas olhe para você um pouco, um pouco mais
A natureza te fez feliz, e sorrir é ser feliz
Gargalhar é melhor ainda
Mudar é difícil e pode te destruir
Não destrua a possibilidade de ser feliz, de sorrir
Sorria, ria
Não ignore as dores, algumas dores não podem ser ignoradas
Mas sorria depois de vencer essa dor
Ignore as que não te servem, as que não servem para ninguém
Tente resolver as dores que machucam alguém
E sorria depois junto com esse alguém vencendo a dor
Muitas vidas são dores vividas, mas você não pode somente sentir dor por isso
Seja feliz, por maior dor que possa te incomodar, feliz
Seja feliz como a natureza te fez
Seja feliz como a natureza é, amando e respeitando
Vença a dor sorrindo
Feliz...
Quando você me diz que sorri por minha causa eu sorrio também
Quando você diz que ri por minhas palhaçadas, eu faço mais palhaçadas
E assim vamos nós, até não restar mais nada de engraçado em mim
Até minha graça se for, for embora
Continuarei aqui, rindo junto com você

L. M. M.

domingo, 24 de julho de 2011

sinta a vida

Você já não suporta mais essa angústia
Que incomoda sua garganta
É um grito que ninguém parece ouvir
Quantas vezes? Você consegue se lembrar quantas vezes passou por isso?
E consegue se lembrar por que não deu certo?
Talvez você não tenha ido com tanta vontade
Talvez não tenha sentido o sol, como ele é
Sinta o sol meu amigo, eu quero o teu bem
Sinta a vida em sua vida, que por muito tempo pareceu apagada
Sem vida
Com vida você segue feliz pela vida
Você agora vive, mas parece morto
Então cresça, cresça dentro, para crescer fora
A vida continua vivendo e te esperando para viver junto com ela
Onde você pode chegar se continuar assim?
Perder mais alguém? Parece bom?
Me responda se parece bom flutuar pela vida sem pensar no rumo
Você agora prendeu suas asas, você prendeu...
Veja como a onda que te pega
Você não sabe onde vai parar, onde vai chegar e como vai terminar
Mas você sabe que depois vai sentir algo mágico, felicidade
Pegue a onda da vida, e só vá, naturalmente, tranquilamente
E quando menos esperar sentirá a felicidade
Vá para a frente, não perca mais tempo parado no tempo, retrocedendo
Morto na vida
Você sabe que não adianta só esperar a onda
Reme
Veja que você não pode mais viver assim
Senão não restará mais espaço em você para tanta angústia
Se continuar como está você vai acabar explodindo
E você não quer explodir de angústia
Quer?

sábado, 23 de julho de 2011

frio de sábado

O frio chegou pelo litoral hoje mais cedo
Eu corri para cama ontem e acordei desanimado
O frio me isola mais ainda, eu queria mesmo esquentar você
Eu vi o dia passar, ainda sentado na beira da cama
Eu vi a noite chegar bem devagar
Mas logo já eram dez horas
O frio esfriou minha cabeça
Mas eu já estou com dor nas costas de ficar sentado na frente do computador
Eu esperei, e esperei, e esperei mais um pouco
Só precisava de uma alma amiga para trocar umas ideias
O fim de semana vem como vilão para mim
Diferente de várias pessoas saindo com amigos para um som alto em algum lugar
Eu fico em casa
Eu na verdade não quero dormir, amanhã talvez não haverá nada para mim
Se eu pudesse dormir o dia todo, mas o sono não me permite, o sono acorda logo
O frio e a chuva de amanhã me esperam
O frio me chama para a cama, eu tenho sono
Algum cão em algum lugar late sem parar
Alguém na rua passeia
Alguns carros cruzam pela estrada perto
Algumas gotinhas de água caem do céu em garoa
Algumas vezes eu olho para os lados e não sei o que vejo
Algumas vivem
Algumas morrem
Algo aqui dentro me incomoda
Mas é algo sobre o que eu não sei...

sexta-feira, 22 de julho de 2011

onde está você?

Eu imagino o olhar no meu
Meu olhar ao seu, você que eu nem sei quem é
Destino é difícil dizer... Eu não sei dizer
Mas eu imagino você respirando perto
Me deixando esperto... Me deixando bobo
Eu sinto falta de você
Eu sinto que você está por aí, no frio
Eu quero esquentar seu corpo
Fazer sua alma pegar fogo, junto com a minha
Assim nós podemos dormir sossegados, cansados...
Amanha é sábado amor, não precisa trabalhar
E a chuva continua lá fora chamando
E chamando
E chamando nós para a cama, e tudo se acalmando
Para o aconchego
Pela sua pele suave minhas mãos passeiam
E você adormece, é lindo
Eu não quero mais sair desse momento
Não vou mais deixar você ao frio, nunca mais... eu prometo
Mas logo eu não te sinto mais
Eu não consigo ver...
Eu preciso de você
Onde está você?

quinta-feira, 21 de julho de 2011

...

O peso do ar me faz doer as costas
Não é um momento bom
Nem uma sensação boa, é muito ruim
O que eu vejo, é que as coisas mudaram, rapidamente
Eu me vejo no mundo, sem mais nada
Um deserto, as únicas coisas a se tocarem são o céu e a terra
E entre o encontro dos limites, eu em meu limite
Talvez alguém consiga viver com dor, talvez...
Você pode me entender, talvez me entenda, provavelmente não
Mas você é feliz demais para perder tempo com isso
Quem se importa...
Eu posso entender que o que o segura são os laços familiares
Seja o que tem que ser, pelo menos a dor sem mentira
A verdade
Eu realmente não sei como seguir...
Eu...
Você pode pensar, dizer, fazer o que quiser
Mas você não está aqui
Eu estou aqui
E eu quero ser feliz
Acredite

segunda-feira, 18 de julho de 2011

levante-se

Agora estou deitado em minha cama
Olhando para a escuridão sob o teto
Tomada logo pelos feixes de luz invadindo pela janela
É manhã, é sol, é um dia bonito
Eu posso escolher, eu posso...
Entre ficar aqui deitado
Ou me levantar
Eu continuo deitado,
Eu procuro algo que me faça querer levantar
Eu já esqueci de tudo que me fazia bem de vez em quando
Minha mente é a escuridão como a do quarto a pouco
Eu não penso, eu não consigo pensar
Até que logo eu imagino, que talvez por ela eu levante
Mas eu nem sei o que ela pensa, talvez...
Mesmo não levantando por ela, ela me mostrou
Me fez lembrar das coisas boas lá fora
O sol deita sua luz na terra
Os pássaros, voam, e voam felizes na manhã calma
Eles estão felizes, só pro estar ali
Por que eu não?
Eu me levanto, e mesmo que nada me espere lá fora
Sempre terá a natureza a me acompanhar
Do lado de fora estou, eu levantei
E vi que já não adianta mais ficar lá deitado na escuridão
Eu sento ao lado do cachorro, e fico ali um pouco
Me levanto e vou trabalhar

sexta-feira, 15 de julho de 2011

copo d'água

A água é a melhor bebida para mim
Chego em casa depois de pedalar por um longo caminho
O copo me espera
E se não tem copo, a mão serve
O que importa é a água, é estranho
É um prazer que eu aproveito até o fim, desde o começo
Como, talvez, nada que eu faça, outras coisas
Eu aproveito aquele momento, em câmera lenta
Só eu, o copo e a água
Eu e a água
Água...
Eu fico com sede, e bebo muita água
Eu como alguma coisa, fico com sede, e bebo água
Eu falo demais, bebo água
Eu não estou com sede, bebo só um pouquinho
Eu bebo água, eu gosto de água
Água, água...
De tanto falar em água, fiquei com sede
Vou ali beber um tanto
Antes que acabe... né...

sábado, 4 de junho de 2011

amor é sei lá

O amor nasce em minha mente
E logo toma todo meu corpo
Em um momento ele está pulsando aqui dentro
Gritando em minhas orelhas
Amando-me para poder sair
Mas algo o retém
Ela diz:
"Relaxa, e tudo ficará bem."
E meu amor passa de meu corpo à descer pelo dela
E agora, amor e meu amor
Amamos como se o amor fosse o oxigênio que nos mantém vivos
Amor é sei lá...

sexta-feira, 3 de junho de 2011

simples mente

Me diga minha mente,
Por que complica tanto as coisas aí dentro?
Por que as vezes parece que não tem jeito?
Por que parece ser tudo tão complicado?
Por que é assim?
Por que? Por que?
Eu sei, eu vejo, eu até sinto
Sei que não é um caminho cego, um lago negro
As coisas são simples como a correnteza
Como uma cachoeira acertando as pedras
Como as ondas engolindo seu interior
Como o vento levando o pássaro
Como o pássaro se deixando levar ao vento
Simples e lindo, simples
Simples sempre, e sempre, mas nem sempre
Nem sempre eu vejo as coisas assim
E tenho a mania de complicá-las
E não consigo controlar
E esse "não" continua aí:
"Não dá", "Não posso", "Não consigo"
Não o que?
Me diga minha mente, não o que?
Me deixe ver o "sim" das coisas
E podemos nos deitar
Sob o sol, entre as árvores
E planejar nosso próximo passo, que pode ser um sorriso
O amor

terça-feira, 24 de maio de 2011

chuva

A chuva veio para festejar junto as plantas
E choveu o dia todo, de dentro de casa, eu vi
Os dias de sol forte cessaram, por mais um tempo
As árvores no meu quintal ficaram mais verdes
Eu olho para fora, e logo ali todas elas dançando ao som da chuva
E o som cobre o telhado da casa, gotas
Gotas pesadas, gotas um tanto leves
Gotas molhando a roupa esquecida no varal
O céu acima das nuvens em branco
Quanto tempo eu não tomo um banho de chuva, planejado...
Os cães encolhidos em sua pequenina casa, casinha
E a chuva chove mais, e mais, e mais
E já se passaram dois dias de chuva contínua
E o rio encheu, e o chão de minha casa logo foi tomado pela água
Sapos nadando
O rio de repente cercou os muros, e logo estou em uma pequena ilha
A chuva veio para molhar o solo, molhar as plantas
Possibilitar a vida, mais feliz para as cores
Por mais sol que eu prefira
Que a chuva sempre venha nos molhar

segunda-feira, 23 de maio de 2011

fim de tarde e o sol

Agora eu abro as cortinas
E a luz do sol entra pela janela
E tudo se clareia
E tudo se alegra
E todo o ambiente fica mais vivo
Fica mais prazeroso de se presenciar
E eu nem quero mais me mover
Quero ficar aqui vendo o contraste
O verde do mato e o amarelo do sol
Como se bastasse, ainda o azul do céu
Escurecendo-se aos poucos
De um azul claro para um azul claro um pouco mais escuro
E esse fim de tarde de domingo, nem faz diferença o dia
Mas amanhã é segunda...
Mas agora é agora e pego meu violão, levantei-me
Provoco sons com o contato das cordas e meus dedos
E o contato da luz do sol em minha pele
E uma sensação de paz, paz no mundo
Esquecer de além os muros da casa
Esqueci agora, e estou aqui, entre toda essa beleza
Você, experimente isso qualquer dia
E o sol foi dormir, e eu fui também...

quinta-feira, 19 de maio de 2011

gritos e um sussurro

Correndo, e correndo mais
Dizendo para si mesmo que isso não vale a pena
Mas algo muito forte está gritando aí dentro, e te puxando
Correndo atrás, você nem sabe o que é, mas continua correndo
Corre porque aprendeu a correr, aprendeu a pensar que isso é tudo
Percebe que te colocaram em um trilho? Não saia dele! Não!
A força do querer saber, e de não saber o que quer saber, te faz cair
Ele se levanta, pois começou mais uma vez a pensar na natureza
A natureza que fala calmamente com ele, mas algo grita
E não escuta a natureza
VOCÊ PRECISA DISSO! VOCÊ PRECISA ME ESCUTAR! VOCÊ PRECISA!
Precisa...
Tudo faz parte de um plano, você no trilho, e o trilho trilhado
Se tenta sair do trilho cai, e logo se levanta, e se levanta no mesmo trilho
Minha mente grita, agora são dois gritos e um sussurro
O grito que te ensinaram a ouvir
O grito de sua mente para que decida o que escutar, ela não aguenta mais
E o sussurro, que não precisa gritar, você que tem que escutá-lo
Eu tento escuta-lo, tento abafar os gritos, pois escutando o sussurro, tudo se acalma
Reconheça os gritos em você, e reconheça o sussurro
O sussurro é você, você nem escuta, mas sabe que ele está ali
Você só escuta um sussurro, escute o sussurro dentro de você
E o grito vai gritar em outro lugar, não em você
Não em mim...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

pedalando (Linda)

Acordado na madrugada fria
Pego minha bicicleta e vou
Simplismente fluo, em uma direção: frente
Logo pego a estrada que passa perto de casa
Um dia de pensamentos intensos e contínuos
A visão do horizonte embassado, sabendo que logo ali, o mar
Para sentir a energia em ondas fortes que quebram o meu silêncio
Preciso pensar, preciso refletir, senão enlouqueço...
As músicas preferidas no fone de ouvido
Transmitida ao meu cérebro, que transmite por minha boca
Recantando as canções, nem percebendo a lama atingindo minhas costas
A sujeira que nem importa. Como me importo as vezes com coisas tão simples...
Fujindo de algo, procurando algo, procurando fugir
Algumas pedalas na noite nublada de azul claro, escuro e cinza
Em um ponto de ônibus deserto um cão, uma cadela logo percebi
O nome dela é Linda, a vi pela primeira vez
Não importa quantos nomes ela já tenha, comigo é Linda, pois ela é linda
Com o olhar medroso e desconfiado, permitiu aproximar-me
Doce, calma, serena, amorosa, carinhosa, amiga, só...
A pureza do animal, que logo me tomou, e ali fiquei por vários minutos, talvez horas
Conversando e pensando
A gravidade puxou minhas lágrimas em direção a lente de meus óculos
Ao lado dela vi alguns barulhentos carros passarem, e ela atenta todo tempo
Encolhida por baixo do banco, viu me afastar colocando de volta os fones
Disse que ia voltar, ela nem se mexeu. Continuei
Ainda no meio do caminho para a praia, fui cantando
Logo ali estava, junto a brisa que me tomava
Sem os fones para ouvi-lo, pedalando na areia, entre o mar e o morro
As árvores ali pareciam de mentira, junto aos quiosques
Talvez para enfeitar a vista de quem vê
Até o fim da grande praia, voltei
Agradecendo sempre por poder presenciar sua beleza
Olhando para tudo que conseguia olhar, mas nem sempre
A vontade de conhecer, conhecer a si próprio, conhecer a natureza
Foi um ótimo momento, todo ele
Um pouco mais rápido voltei à Linda
Ela ainda deitada encolhida em baixo do banco
Parei, sentei, e ali fiquei mais um tanto
Pensando no amor puro, essa pureza que é tão extinta no ser humano, o respeito
Logo mais lágrimas, mas feliz com essa presença
Conversei mais um pouco com ela, ela não me falou uma palavra
Mas seu olhar dizia muito, e como dizia...
Levantei-me e subi na bicicleta mais uma vez, para voltar para casa, e dormir
Me afastando olhei para ela, olhar brilhante em minha direção
E eu a olhei de volta, como que dizendo: "Até logo."

sábado, 14 de maio de 2011

manhã e pé descalço

Saí da escola
Fui a praia
Tirei meu tênis
Sentei em uma pedra
E ali fiquei
Com meus pés por entre os grãos de areia
Só eu e a brisa

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Eu só quero agora lhe dizer que fico triste as vezes
Mas não Amor, não se preocupe
Só...

sexta-feira, 6 de maio de 2011

subindo o morro

Mãe, estou indo subir o morro mais uma vez
Vou lá para cima e ver as estrelas mais perto um tanto
Vou subir o morro e ficar longe do barulhento mundo da cidade
Me pendurando nas árvores igual aos meus parentes
Cada vez mais alto, cada vez mais belo por estar nela, natureza
E o som do vento nas árvores que cobrem as laterais do Pico
Eu durmo com esse som na mente, e acordo com ele me chamando
Esquecer de tudo é difícil  mas estarei lá, e isso basta
O dia mais claro, a noite mais escura... e o nascer do sol tão belo como tudo por lá
A subida desgastante que eu nem vejo, só me vejo lá, então estou lá todo tempo
Acampar, dormir em barracas, dormir no mato... dormir
Dormir no topo do morro, isso que vale, estar lá, somente
Confesso que se pudesse, não voltaria... sim, para sempre lá, só ou não
Com minha gaita para fazer um som acompanhar o vento que me rodeia e vai
O som que segue para onde os pássaros dormem, por toda parte, eu vejo
Meu poder é estar lá, e meu amor é poder estar lá mais ainda, respeitar e receber o amor de volta
Mesmo com os pensamentos formigando em minha mente, desviá-los com o cheiro da manhã
E desaprender
Mãe que batalha pela vida, não se preocupe...
Ficaria por mais tempo a desfrutar o amor e a beleza da natureza de lá
Mas voltarei assim que a comida se esgotar

terça-feira, 3 de maio de 2011

dia de surf (parte 1)

Acorde cedo amigo, lá pelas seis
Se puder, te garanto a beleza, acorde às cinco... ou quatro e meia
Levante, calmo... não perca a calma
Tome o seu café da manhã, ganhe energia
Ouça os pássaros que lá fora cantam, em meio as árvores
Abosorva a mensagem de paz, pois eles só querem a paz, como nós...
Alongue-se calmamente, mantenha sempre a calma
Pegue sua prancha, passe a parafina, se tiver
Suba na bicicleta e pegue a estrada, imaginando
Observe lá no fim... consegue já ouvir o som do mar? Eu sim!
Veja, sinta, reflita, entenda... sinta o vento em sua face
Sinta o vendo passar por ti com a essência da mata
EI! O SOL ESTÁ NASCENDO! CORRA! Mas mantenha a calma
O sol crescendo no horizonte pelo mar, garanti-lhe a beleza, aí está
Céu por completo azulado, sem nuvens, o ar da manhã me tomando por completo
Só o mar... o mar, com água agora, completamente cristalina à luz do sol
Hoje está tudo perfeito, o mar, o tempo, a vontade...
Tudo perfeito para um dia de surf
Quem sabe um dia todo o resto perfeito
Como a natureza

sábado, 30 de abril de 2011

caminhe

Ande, mova-se... Para qualquer lado que seja, mas para frente
Caminhe um pouco a cada dia, caminhe ao lado do seu ser
Caminhe contigo, caminhe comigo, caminhe com o vento
Jamais caminhará só, pois sempre terá sua mente, pense
Caminhe e reflita, caminhe e reflita sobre tudo, sobre todos
Caminhe e reflita sobre todos os 'por que?'
Reflita sobre o seu ser, sobre o por que de ser
Nada mais bonito do que fabricar pensamentos, reflexões
Podes concordar, podes odiar, podes amar, podes errar, mas caminhe
Caminhe para frente, pois para trás já não existe caminho
Já não vale de nada pensar, se mexer, refletir
Se não quer ir para frente, pare... mas continue, eu te peço
Caminhe para o bem, pois o mal não tem caminho
Caminhe para o amor, pois o amor pode nos salvar seja lá do que
Caminhe pela vida, mesmo que a mesma te faça querer morrer
Se acha que de nada serve seus pensamentos, pare, e reflita...
Tens o mágico, é só usá-lo, reflita, e sentirá o poder que tens
Caminhe com a natureza, pois a natureza pura é o que de melhor existe
Tudo do melhor que pode sentir, natureza abriga amor, e amor é tudo
Caminhe comigo, eu quero caminhar contigo
Caminhe só, só com suas reflexões, isso é lindo
Caminhe amor, caminhe... desconhecido ser, isso não importa
Caminhe para frente, caminhe estranho, caminhe e reflita, é bom
Caminhe sem medo, pois já está aqui, é só ser, e já é... é só amar
Caminhe, caminhe, caminhe...
Agora eu caminho...

caminhei ao teu amor

Venho de longe descendo por entre as árvores dessa bela paisagem
Segui o pôr do sol ao fim da colina com flores e alguns pássaros
Flutuava ao sentir que estava mais distante a cada segundo da poluição
Vim calmamente conversando com minha amiga mente, grande amiga minha...
Lembrei do teu sorriso no caminho e parei, sorri
Lembrei de teus olhos, ah... cai... chorei... sorri
Me levantei com a ajuda das formigas me mordendo
Coloquei meu chapéu de palha de volta em meu cocuruto
Como eu amo essa sua essência amor, e como amo estar no caminho onde estou
Passei pelo ar úmido da costa do rio, águas cristalinas
Peixes a nadar contra a correnteza leve, como um empurrão suave
Sequei minhas pernas e segui, agora o sol sumia no horizonte
Cego por falta da luz me guiei ao seu cheiro
Tropecei em uma pedra, levantei-me e ouvi sua voz
O vento me trouxe até ti, para ti somente amor
Te abraço e já não me falta mais a certeza
Estou completo agora, e nada me faz querer acordar...

sexta-feira, 29 de abril de 2011

pensei, cansei, dormi

Pensei em desistir
Que talvez não conseguiria
Pensei que você nunca me acharia
Que não existia caminho para mim
Pensei que minha vida não daria pra ser vivida
Que estaria sozinho até o fim
Pensei que minha força não era o suficiente
Que era mais fácil desabar
Pensei que o amor não existia
Que tudo era mentira
Pensei em uma solução
Que a vida não valia a pena
Pensei... em coisas ruins
Cansei...
Deixei de pensar e fui dormir.